Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades do SUS dedicadas ao cuidado à saúde mental. Funcionam como dispositivos de atendimento especializado e comunitário para pessoas com transtornos mentais graves ou persistentes — inclusive nos momentos de crise — com oferta de tratamento, apoio psicossocial, reinserção social e acompanhamento contínuo em seu território.
Com base na Portaria 336/2002 e na Lei 10.216/2001, os CAPS atendem em diferentes modalidades, conforme porte populacional e complexidade: I, II, III, CAPS-AD (álcool e outras drogas) e CAPS-i (infantojuvenil).
O transtorno bipolar é uma condição crônica que exige cuidado regular, intervenções multidisciplinares e atenção em momentos de instabilidade. Os CAPS oferecem um modelo de cuidado que pode atender essas exigências. A seguir, os principais benefícios:
Acesso contínuo e especializado
Os CAPS operam com frequência (diárias ou intensivas), o que permite acompanhar de perto os episódios de humor, ajustar tratamento e intervir em crises.
Atendimento psicossocial integrado
Não se trata só de medicação: os CAPS oferecem psicoterapia, psicoeducação, oficinas terapêuticas, grupos de apoio e atividades de reinserção social.
Redução de internações
O modelo substitutivo dos CAPS contribui para evitar internamentos prolongados, oferecendo alternativas no próprio território.
Apoio em crises
CAPS mais complexos (como o tipo III) funcionam 24 h e podem oferecer acolhimento noturno e estabilização quando necessário.
Fortalecimento de vínculos e reinserção social
O cuidado no território, a participação familiar e comunitária e o protagonismo do usuário caminham juntos, permitindo recuperar projetos de vida.
Combate ao estigma e promoção da dignidade
A proposta dos CAPS integra a lógica da Reforma Psiquiátrica: um modelo de saúde mental que valoriza direitos, autonomia e inserção social.